Governo Aurélio Goiano vai ‘exportar’ quase R$ 6 milhões a mais outra empresa forasteira 5t4n6s

Desta vez, benesse vai para empreiteira sediada na pequena Lago da Pedra, município cuja receita anual é inferior ao que secretário de Saúde de Parauapebas já empenhou em apenas cinco meses. Empresa foi escolhida por carona em ata de registro de preço para reformar prédios ligados à Semsa

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Não, Parauapebas ainda não viu tudo. A prometida reconstrução da cidade, alardeada pelo prefeito Aurélio Goiano, é só para inglês ver. Ou melhor, para empresários forasteiros, que estão movimentando fortunas com recursos públicos da Capital do Minério, em vias de falência. 5q491z

A sortuda da vez, exposta recentemente e sem muito alarde nos canais oficiais de transparência (veja aqui), é a empresa JR Construtora Pimentel Ltda, com sede em Lago da Pedra, interior do Maranhão. A empreiteira vai faturar a bagatela de R$ 5.923.764,81 dos cofres do Fundo Municipal de Saúde, gerido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a pretexto de executar “serviços de manutenção preventiva e corretiva em prédios públicos”. O prazo de execução do contrato é de seis meses.

Toda essa dinheirama é fruto de mais uma adesão à ata de registro de preços protagonizada pelo governo de Aurélio Goiano. Para burlar o advento da licitação regular, o prefeito e seus subordinados estão arranjando “jeitinhos”, entre dispensas de licitação e caronas em atas, a fim de empurrar processos não raramente desconhecidos de empresas locais, inviabilizando o caráter competitivo.

No caso da ata para prestação de serviços à Semsa, muito embora o processo estivesse “rodando” nos bastidores desde abril, o contrato só foi publicado no portal da transparência no último dia 30. Mas apesar de o processo ter sido aparente e formalmente iniciado em 15 de maio, desde 22 de abril o governo de Aurélio Goiano e a empresa vinham “xavecando” atrás de anuência para a Semsa aderir à ata oriunda de pregão realizado em 2023.

Em meio a tudo isso, chama atenção o parecer jurídico da Procuradoria-Geral do Município (PGM) que contém quase uma dezena de recomendações e, de forma lúcida, mostra-se praticamente um apelo de “Não faça isso” e “Nem faça assim”. Mas tudo foi feito sem mais delongas.

Por que uma empresa do Maranhão?

Só o prefeito Aurélio Goiano e o secretário Marcos Vinícius Soares para responder as razões pelas quais foram buscar no Maranhão uma empreiteira para reformar postos de saúde e demais estabelecimentos vinculados à Semsa. Será que Parauapebas, com 300 mil habitantes, não teria prestador de serviços do ramo habilitado para executar o contrato?

Lago da Pedra, onde a JR Construtora Pimentel tem sua sede, está a 770 quilômetros de Parauapebas e possui apenas 46 mil habitantes — praticamente a mesma quantidade de moradores dos bairros União, Rio Verde e Bairro da Paz somados.

A arrecadação daquele município é de R$ 202 milhões líquidos, o que é menos da metade do orçamento autorizado para a Semsa este ano, de R$ 435,13 milhões. O secretário Marcos Vinícius já empenhou R$ 255,64 milhões desse total (59%) em apenas cinco meses, o que é muito mais dinheiro que toda a receita do ano inteiro de Lago da Pedra.

Lá na cidade maranhense, a saúde tem apenas R$ 42 milhões de orçamento, e justamente por ser uma localidade com receita pequena, está mais do que claro que uma construtora qualquer dificilmente tiraria a sorte grande para usufruir de quase R$ 6 milhões em um contrato. Quem dispensaria uma oportunidade dessa batendo à porta?

Enquanto o governo de Aurélio Goiano insiste num modelo de reconstrução de cidade que deixa o comércio sob escombros, exportando recursos via contratos de finalidade duvidosa e questionável, a população de Parauapebas paga o pato.

A negação aos prestadores de serviços locais, por meio de contratos firmados sem qualquer transparência, causa prejuízos incomensuráveis à economia do município e revolta aliados e eleitores que acreditaram num projeto de governo que seria diferente daquele o qual o então vereador Aurélio Goiano tanto criticava e combatia. Hoje, Aurélio se mostra mais do mesmo, numa versão muito piorada de gestão e sendo o apocalipse do próprio caos.

7 comentários em “Governo Aurélio Goiano vai ‘exportar’ quase R$ 6 milhões a mais outra empresa forasteira” 6v3f5l

  1. João Batista Responder

    A mamata acabou e o dinheiro também,os ratos levaram pro esgoto tudo que Parauapebas deveria ser, uma cidade bem estruturada, com recurso financeiros invejável, com capacidade de viver independente da vale, mais o que se vê é uma favela destruída pela corrupção dos governantes, e um povo iludido e com saudades dos maiores destruidores de uma ex-capital do minério, tudo que se ouve são lamentos, gritos e choros, como se o poço nunca fosse secar.

  2. Lucas Responder

    Rapaz, nem sabia que Lago da Pedra era tão rico assim, pra uma cidade pequena do Maranhão.

  3. Não somos idiotas Responder

    Vamos cantar: Versão de cabeleira do Zezé….

    Olha a mamadeira do Dudu será que secou, será que secou?
    SECOU
    Será que ele quer um contrato, Será que ele quer um cala boca.
    Parece que ele é vendido…Corrupto eu sei que ele é…
    Corta a mamadeira dele….Corta a mamadeira dele…

    • Edna Responder

      Por falar em mamadeira … vc tb é um dos bezerros paridos na folha fruto da Lei das Mamadeiras ? Pq pra defender esse desgoverno corrupto tem q estar mamando bem , muito , bastante ! Qual o valor da sua mamadeira ?

  4. Leila Parsifal Responder

    A adesão a atas de registro de preços, prevista na Lei 14.133/2021, é um mecanismo legítimo, especialmente em contextos que exigem respostas rápidas da istração pública. Ainda que o fomento à economia local seja desejável, a licitação, por sua essência isonômica e concorrencial, não assegura a contratação de empresas da própria região.

    Quando se trata de necessidades urgentes — como a manutenção de unidades de saúde — o foco deve estar na legalidade, eficiência e no interesse público. Se o processo é conduzido com critérios técnicos bem fundamentados e respaldo jurídico consistente, a contratação de uma empresa de fora pode ser não apenas justificável, mas necessária.

    Mais do que discutir a origem da empresa contratada, é preciso refletir sobre a capacidade do município de fortalecer seus fornecedores locais para que eles estejam preparados para competir. Ao mesmo tempo, o compromisso com a transparência e o uso responsável dos recursos públicos deve prevalecer. Agilidade sem clareza compromete; mas burocracia sem propósito também não serve à população.

    • Raimundo Responder

      Não faz sentido buscar empreiteira de fora, de cidade pequena, sendo que aqui tem aos montes. Basta ver quem foi o engenheiro que endossou a análise técnica para desvendar a ponta do iceberg. Cambalacho escrachado. Improbidade em altíssimo nível. O juiz Lauro pode até tardar, mas ele não falha!!!

    • Edna Responder

      Deve ser alguma empresária forasteira q está mamando nos contratos fraudulentos do seboso boca de fossa , só pode … pra falar tanta besteira … só pode …

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