Aurélio Goiano estica prazo e fermenta contratos de contabilidades forasteiras 4n3065

Contratos da L de Leão (R$ 4,68 milhões) e Delta (R$ 1,14 milhão) totalizam R$ 5,822 milhões, mas governo de Goiano não anda bem das contas. Valor distribuído às duas contabilidades públicas é superior, por exemplo, ao investimento em vigilância epidemiológica e controle de doenças na cidade

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Não adianta o prefeito Aurélio Goiano ir às redes sociais fazer live para anunciar dívidas, reclamar que pegou o município de Parauapebas endividado, e blá-blá-blá, como bem ironizaria a primeira-dama, se ele próprio não dá exemplo de gestão. Ao invés de, por exemplo, reduzir custos com contratos de contabilidade pública de sua gestão, o prefeito fermentou um deles, aumentando-o em R$ 1 milhão no comparativo com o da gestão anterior, para prestar os mesmos serviços e, diga-se de agem, com qualidade duvidosa. 286165

O cambalacho chamou a atenção da vereadora Maquivalda Barros (PDT), que, nesta terça-feira (10), apresenta requerimento direcionado à Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) cobrando explicações acerca do contrato de R$ 4,68 milhões (veja aqui) firmado com a empresa L de Leão Consultoria, Gestão Contábil e Comercial Ltda, com sede em Belém. A consultoria já recebeu R$ 200 mil — de uma nota fiscal de R$ 390 mil — de forma meteórica.

A reação da parlamentar vem após denúncia do Blog do Zé Dudu (relembre aqui) de que a L de Leão estava a postos para receber o PIX sem que o município tivesse divulgado a íntegra do processo de contratação da empresa e o contrato em si que originou os R$ 4,68 milhões, valor em muito superior ao contrato de contabilidade da gestão do ex-prefeito Darci Lermen, no valor de R$ 3,675 milhões.

Maquivalda pede uma cópia do processo da inexigibilidade de licitação e do contrato 20250190, assinado pela L de Leão com a Prefeitura de Parauapebas em 12 de fevereiro, bem como a justificativa técnica, o parecer jurídico e o plano de trabalho da empresa. Exige ainda relatórios de acompanhamento e fiscalização do serviço por parte da Sefaz.

A descrição do objeto do serviço prestado pela empresa refere-se à “assessoria contábil especializada, visando garantir a conformidade contábil e financeira, conforme normas e legislações vigentes”. Contudo, o assessoramento parece não estar fazendo muito efeito para a gestão de Goiano, uma vez que o prefeito está dando aulas gratuitas de como não se deve gastar. O gestor neófito elevou a despesa com pessoal a um patamar nunca visto na história de Parauapebas e, em menos de seis meses, já empenhou mais da metade do orçamento de 2025, ainda assim está devendo quase R$ 400 milhões na praça.

Os erros de contabilidade são amadores. O prefeito Aurélio Goiano, que esbravejava por todos os lados dizendo que não pagaria dívidas da gestão ada, com discurso para “enganar bobo”, ou a empenhar despesas do antecessor. Além disso, no primeiro quadrimestre houve indícios de empenhos feitos de forma tardia, contrariando normas de direito financeiro expressas na Lei nº 4.320/64, segundo a qual é vedada a realização de despesa sem prévio empenho. As confusões e trapalhadas envolvendo o orçamento e os recursos de Parauapebas são consideráveis.

Contabilidade do Saaep 4g3o53

No Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep), autarquia municipal, quem manda é empresa Delta Contabilidade, Assessoria e Consultoria Ltda, outra empresa forasteira, com sede em Xinguara, e que faturou um contrato de R$ 1.142.040,00 para prestação de serviços por dois anos consecutivos (veja aqui). É a primeira vez que o município de Parauapebas vai pagar um contrato de contabilidade pública por um período tão extenso.

Chama atenção o fato de um dos sócios-es da Delta, o contador Delio Amaral Viana, ter feito parte da equipe de Aurélio Goiano no período da transição de mandato. Delio foi um dos coordenadores da Comissão istrativa de Transição de Mandato (CATM), representando a gestão sucessora, tendo sido designado pela Portaria nº 745, de 11 de outubro de 2024 (veja aqui e aqui).

Como prêmio de consolação, o dono da Delta ganhou o contrato de contabilidade do Saaep, o que pode remeter à prática de ajuste prévio, uma vez que se restringiu a competitividade da seleção de uma assessoria contábil para a autarquia, e a empresa de Delio, lá de Xinguara, acabou favorecida, em meio a um mar de empresas de contabilidade em Parauapebas.

Alheia a qualquer tipo de polêmica, a Delta segue calada e faturando. A assessoria contábil forasteira emitiu, na última sexta-feira (6), nota fiscal para receber PIX no valor de R$ 47.585,00. A qualquer momento, o dinheiro cai na conta. E todas as contabilidades foram felizes para sempre, enquanto Parauapebas vê sua arrecadação cair, parte de sua receita sumir na conta de forasteiros, além de se afundar em despesas que podem se tornar impagáveis no médio prazo.

2 comentários em “Aurélio Goiano estica prazo e fermenta contratos de contabilidades forasteiras” 2u6k1b

  1. Vainessa Responder

    Prefeito mais burro que já vi. Ele está se queimando. Interessante, TV Correio e Pebinha de Açúcar, principalmente, não falam mal do Governo do Doido, será porquê?

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